Eu, amigos, dou uma importância enorme a esses acontecimentos a quais me refiro. Dar chance ao inimaginável, dar oportunidade onde não se espera nada, sorrir para o acaso.
Divagava outrora com um amigo, e dizia que não consigo esperar o melhor das pessoas. Percebi então que, é uma faca de dois gumes. Um self-defence com um ponto fraco. Nenhuma barreira é intransponível, é óbvio.
Certo, deixem-me explicar-lhes de forma clara: Em primeiro lugar, não é contradição esperar nada das pessoas e dar chance as mesmas. Sabe por quê? Se não sabe é porque não leu o texto acima, vacilão. Quem pouco - ou nada - espera, tem chances menores de se decepcionar. Isso é tão claro como a luz do sol. Ok, vemos ai o ponto principal, e que por sinal, muito me agrada. Porém, pessoas assim contentam-se com pouco, a menor demonstração de afeto, de confiança ou de cordialidade já é o suficiente para mudar o panorama e criar expectativas enormes (e perigosas).
Passamos anos convivendo com pessoas e não sabemos do que elas são capazes, como abrir sua vida e seu coração (não falamos apenas de amor aqui) a alguém que mal conhecemos? As decepções então, vem como um meteoro, destruindo tudo. A mesma decepção que seria normal, como uma chuva.
Logo, conclui-se que, pessoas decepcionam menos, porém com maior intensidade.
Mas gosto assim. É 8 ou 80. Não tenho paciência para pessoas sem graça. Não tenho saco para pessoas normais. Gosto do diferente.
Melhor é me decepcionar sabendo que havia a chance de ter sido muito foda, do que morrer no mar da mesmice. Além do mais, nenhuma ferida é tão profunda a ponto de não se cicatrizar.
Estava com saudades de escrever. Estou com saudade de um tempo só pra mim, como da ultima vez que escrevi. Sinto falta daquilo que não sentia.
